Páginas

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Dalva Suada - EP (2011)




Tracklist:


01. Amarelo
02. Cabritado
03. Inseto Castanho
04. Boca Seca

DOWNLOAD 
(Link do blog http://odhecaton.blogspot.com.br )

Começando a semana com uma maravilhosa pedrada musical paraibana! O Dalva Suada lança seu novo EP, através de inúmeros blogs da rede, e o música da paraíba não poderia ficar de fora. Ano passado eles lançaram seu primeiro material, já com uma qualidade incomum para primeiros lançamentos, aonde a banda define bem sua "pegada" safada e suada, ele (o primeiro EP) foi gravado no estúdio mutuca, ali mesmo no centro histórico, aonde também foi gravado o novo disco do Burro Morto, além de ser o quartel general da banda.


Surgido do finado Dalila no Caos, de onde saíram membros do Burro Morto, a veia rock de deserto da banda só se intensifica e se solidifica nesse novo lançamento. Sem medo de fazer músicas mais longas, com bastante experimentalismo, abusando das guitarras penetrantes e intensas (de onde esse cara tirou essas palhetadas malucas?) as músicas "Cabritado" e "Inseto Castanho" no levam a momentos psicoativos muito interessantes, aonde tem música regional, hardcore, stoner, muita fumaça e dedos amarelados misturados, bem entrelaçados e selados por Albert Hoffman.

Quem fez essa arte louca, viajando no cérebro de um amante de todas as Dalvas que adoram ficar suadinhas foi o Thiago Trapo, que também mandou sua arte no EP do Ubella Preta, o cara manda bem demais, no arquivo tem todo o encarte pra vocês se deliciarem com tantas camadas de arte. Aproveitem bem!

Dalva Suada é:

Daniel Jesi - Baixo
Marcelo Pirazz - Vocal
Felipe Augusto - Guitarra
Nildo Gonzales - Bateria

Myspace:

TNB:

Twitter:
@dalvasuada

Ficha Técnica:


Produzido por Dalva Suada
Gravado e Mixado por Pepeu em estúdio pessoal na praia de Fagundes, Paraiba, Brasil.
Masterizado por Buguinha Dub no estúdio Mundo Novo, São Paulo, Brasil.
Ilustração por Thiago Trapo.
Design por Diego Souza.
Fotografia por Diego Souza.

domingo, 12 de junho de 2011

Geraldo Vandré - Canto Geral (1968)


01 - Terra Plana (Geraldo Vandré)
02 - Companheira (Geraldo Vandré)
03 - Maria Rita (Geraldo Vandré)
04 - De Serra de Terra e de Mar (Geraldo Vandré / Theo de Barros / Hermeto Pascoal)
05 - Cantiga Brava (Geraldo Vandré)
06 - Ventania (De Como Um Homem Perdeu Seu Cavalo e Continuou Andando) (Geraldo Vandré / Hilton Accioli)
07 - O Plantador (Geraldo Vandré / Hilton Accioli)
08 - João e Maria (Geraldo Vandré / Hilton Accioli)
09 - Arueira (Geraldo Vandré)
10 - Guerrilheira (Geraldo Vandré / Hilton Accioli)


E quem disse que o ano de 1968 foi marcado apenas de psicodelia e iê-iê-iê?

Outra vertente forte da época foi a da música de protesto e não há maior representante desta música que Geraldo Vandré.

Esta capa não é a capa original, mas é muito significativa; Em cima, gado; Embaixo, gente. Verde e amarelo. Vermelho. Canto Geral. Canto para todos.

A palavra que, para mim, resume o disco é Raça. A primeira faixa é a tradução disso. O início de "Terra Plana", de autoria dele mesmo, é uma declamação; "(...) deixo claro que a firmeza de meu canto vem da certeza que tenho, de que o poder que cresce sobre a pobreza e faz dos fracos riqueza, foi que me fez cantador". Na contra-capa do disco, um texto seu; "(...) Às vezes penso que cantando mereço um pouco de vida. Saldo em parte os meus compromissos e tenho então, cada vez mais forte, a sensação da liberdade. Por isso aprendo a cantar e canto."

É um disco forte. Vivo. Pulsante. Violas caipiras, triângulos, "ca-chi-chis" (como Vandré mesmo escreve), vocais em lamentos nordestinos... E, no meio de tudo, um aparato inusitado na época: uma queixada de burro, que fora utilizada pela primeira vez - se não me engano - no II Festival de Música Popular Brasileira de 1966, da TV Record, na música "Disparada", também de Vandré e cantada com maestria por Jair Rodrigues. Música que, aliás, ganhou o primeiro lugar empatada com "A Banda", de Chico Buarque.

Mas, além das músicas explicitamente inflamadas, como "Cantiga Brava" (O terreno lá de casa não se varre com vassoura / varre com ponta de sabre, bala de metralhadora) há também músicas de "amor", podendo-se assim dizer. É o que se vê em "Companheira" (Mas agora sou feliz/ e meu canto vem e diz/ encontrei a companheira/ paz pra minha vida inteira) e "Maria Rita" (Pego a viola, me lembro dela/ toco a viola, só quero ela).

Recomendadíssimas: "Arueira", cantiga forte, viva, - brava mesmo! - e que conta com os vocais perfeitos do Trio Marayá ("...é a volta do cipó de arueira no lombo de quem mandou dar..."), "Companheira", que soa quase como cantiga suave de ninar e a curiosa "Ventania (De como um homem perdeu seu cavalo e continuou andando)", que procura seguir a mesma fórmula da vencedora "Disparada", com um personagem principal que roda o mundo contando suas histórias. Esta música até concorreu o III Festival de Música Popular Brasileira da TV Record, mas não ganhou...

Detalhe para um excerto de Bertold Brecht, na contra-capa:

"Desses tempos em que falar de árvores é quase um crime, pois implica em silenciar sobre tantos erros - aos que virão depois de mim."

Este foi o ano de 1968.

Texto retirado do Blog: http://discologia.blogspot.com



Geraldo Vandré - Hora de Lutar (1965)

01 - Hora de Lutar (Geraldo Vandré)
02 - A Maré Encheu (Geraldo Vandré) com Baden Powell
03 - Despedida de Maria (Geraldo Vandré / Carlos Castilho)
04 - Dia de Festa (Moacir Santos / Geraldo Vandré)
05 - Ladainha (Geraldo Vandré)
06 - Asa Branca (Luis Gonzaga / Humberto Teixeira)
07 - Samba de Mudar (Baden Powell / Geraldo Vandré)
08 - Canta Maria (Geraldo Vandré / Erlon Chaves)
09 - Aruanda (Carlos Lyra / Geraldo Vandré)
10 - Vou Caminhando (Geraldo Vandré) com Baden Powell
11 - Canto de Mar (Geraldo Vandré)
12 - Sonho de Um Carnaval (Chico Buarque)

Geraldo Vandré - Paixão Segundo Cristino (1984)


A Paixão segundo Cristino foi escrita por Geraldo Vandré, em 1966, para a celebração da Semana Santa na Igreja de São Domingos das Perdizes, em São Paulo. Com o assessoramento teológico dos frades dominicanos, Vandré escreveu uma das mais belas páginas litúrgicas e populares sobre a paixão e morte de Jesus Cristo.

Durante anos ela foi apresentada na igreja dos dominicanos como memória e celebração de tantos que, a partir de 1968, viveram na sua própria carne a perseguição, calúnia, agonia, paixão e morte. Suas vidas foram celebradas e suas esperanças renovadas a cada ano nas vidas e esperanças de seus irmãos.

Esta paixão é um tributo à resistência de tantos que nas suas vidas e caminhos recriaram a vida e os caminhos de todos os homens que lutaram pela justiça e liberdade. A Fundação Cultural de Curitiba, ao recriar esta obra, celebratados os homens e mulheres de todos os credos, raças e ideologias que deram as suas vidas para que surja um mundo novo pleno de justiça e fraternidade.

Carlos Frederico Marés de Souza Filho
Presidente da Fundação Cultural de Curitiba

Ficha Técnica:
Paulo Cézar Botas_Voz/Violão
Marinho Gallera_Viola Caipira/Voz/Violão
Coral de Curitiba_Regência Gerardo Gorosito
Arranjo para Coral_Maestro Gaya